O que há por trás da árvore?

A palavra Natal deriva do nātālis no latim, do verbo nāscor que significa nascer. De nātālis, em latim, surgiram natale em italiano, noël em francês, nadal em catalão, navidad em espanhol.

No período de 17 a 25 de dezembro, no hemisfério norte, celebra-se a Saturnália, um festival da Antiga Roma em honra ao deus Saturno. Este festival ocorria em 17 de dezembro no Calendário Juliano e posteriormente se estendia com festividades até 25 de dezembro. O feriado era marcado por um sacrifício no Templo de Saturno, no Fórum Romano, seguido por um banquete público, troca de presentes em privado, festas contínuas e uma atmosfera de carnaval que desafiava as normas sociais romanas: o jogo era permitido e senhores serviam seus escravos à mesa.

Precisamente em 25 de dezembro, o dia mais curto no hemisfério norte, é conhecido como renascimento do sol. Nesse período, Mitra, conhecido como Deus Sol, era adorado.

No ano de 449, o Papa Leão I oficializou o dia 25 de dezembro como a celebração do nascimento de Jesus, tornando-a uma das principais festas da Igreja Católica. Finalmente, em 529, o imperador Justiniano do Império Romano do Oriente declarou a data como feriado oficial do império. Foi nessa época também que o domingo, o Dies Solis, foi escolhido como Dies Dominicus, Dia do Senhor, em inglês Sunday. Essa escolha do domingo foi feita para incorporar elementos do cristianismo ao paganismo, visando aumentar o número de fiéis, já que Roma não conseguia conter o crescimento dos seguidores de Cristo.

A escolha de celebrar o nascimento de Jesus em 25 de dezembro tem raízes nas tradições pagãs do solstício de inverno.

Jesus não nasceu em dezembro, pois, nessa data, em Israel, é inverno, tornando improvável que os pastores estivessem no campo.

A data mais provável para o nascimento de Jesus foi em outubro (segundo o nosso calendário gregoriano), durante a festa de Sucot ou Tabernáculos.

Como sabemos disso? Zacarias estava em seu turno em julho (Lucas 1:5,8), sendo do turno de Abias, o oitavo turno do ano eclesiástico que começava em março (1 Crônicas 24:10). Foi durante este mês que João Batista foi concebido (Lucas 1:23-24) e nasceu em abril do ano seguinte. Jesus nasceu seis meses depois (Lucas 1:26), portanto, durante a Festa dos Tabernáculos.

Por isso, João diz: “E o Verbo se fez carne e habitou (tabernaculou) entre nós.” A Festa dos Tabernáculos é a data exata do nascimento de Yeshua, pois todos os eventos bíblicos são proféticos.

O nascimento de Yeshua (Emanuel — Deus conosco) cumpre-se em uma festa bíblica. O calendário bíblico e as festas são prelúdios da vinda e do retorno do Messias. Saturno — que representa o senhor do tempo na mitologia romana — age fortemente nessa estação para desviar o tempo do povo de Deus, levando muitos à “correria” e ao consumismo.

A agenda pagã é obscura e a principal intenção de Satanás é prender a igreja em uma jaula de trevas e ignorância dos tempos proféticos, fazendo com que o povo de Deus atribua um significado bíblico ao paganismo.

Você pode estar pensando: “mas o importante é celebrar o nascimento de Jesus!” Sim, é importante, pois os pastores celebraram, mas a Bíblia nos ensina claramente que não devemos imitar os costumes das nações.

Infelizmente, o Natal é uma festa completamente pagã, impulsionada pela ação de Cronos ou Saturno, que desvia o tempo das pessoas. O que popularmente chamamos de “correria de final de ano” não tem justificativa espiritual.

Toda a “liturgia” do Natal remonta a origens obscuras.


A palavra hebraica “asherah” é usada tanto para se referir a Asera, deusa da fertilidade, conhecida tanto como mãe de Baal quanto como sua esposa, quanto para identificar uma árvore sagrada ou poste-ídolo que a representasse. Assim, a adoração pagã de Asera (também chamada Astarte, Astorete ou Asterote) estava ligada ao culto de árvores em bosques sagrados pelos semitas.

Os presentes depositados ao pé da árvore remetem às oferendas feitas a Aserá. Nesse período, o “espírito natalino” conduz as pessoas ao comércio, enquanto Aserá induz as pessoas a fazerem suas oferendas de Natal. Muitos deixam de ofertar e dizimar no altar de Deus e levam suas ofertas para a árvore.

Em Canaã, Aserá sempre disputou a adoração com Deus e sempre conduziu Israel a adorá-la. Parece que a história se repete!

Além das oferendas, há também o banquete que só pode ser desfrutado à meia-noite, como parte de um ritual.

Ásera e Baal são ídolos que tipificam o homem e a mulher e trazem também o sentido familiar. Por isso, essa época é também conhecida como a festa da família.

Infelizmente, o que Ásera promove em muitas casas, que abrem as portas para seu culto, é a discórdia, a tristeza e a dor. Nesse tempo, Ásera, que é também um ídolo do lar, se une a Saturno para intensificar dores e conflitos familiares.

Agora, tire suas próprias conclusões e reflita se convém continuar celebrando o Natal. O que parece ser “sem importância” tem, na verdade, muita importância. Não queremos diminuir a importância do nascimento de Yeshua. Apenas colocamos essa data no tempo determinado por Deus, que é em tabernculos.

“E não andeis nos costumes das nações que eu expulso de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; portanto fui enfadado deles.” Leviticos 20:23

Que possamos santificar no nosso tempo e caminhar nas estações que o Eterno tem para nossas vidas. Não ceda aos costumes e a tradição pagã.

Faça desse momento um tempo de oração e peça ao Eterno para te levar a sala da sabedoria.

Lembre-se que não basta somente saber, é necessário ter amor. Pois conhecimento sem amor só nos leva a soberba, mas o amor edifica.

Vamos crescer na graça, no conhecimento e na misericórdia!

Shalom

Foto de Mariana Galvão

Mariana Galvão

Esposa, mãe, pastora e escritora.

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