Cupido: a face oculta da paixão

Na mitologia romana, Cupido é a figura do deus do amor, geralmente representado por um menino alado que carrega um arco e uma aljava com setas. Os ferimentos provocados pelas setas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Cupido também era considerado malicioso e fazia combinações irônicas a fim de provocar guerras e discórdias entre os casais que ele atingia com suas setas. Por ser filho de Vênus (deusa do amor) e de Marte (deus da guerra), suas ações influenciadas por seus pais provocavam guerras, divisões, discórdias e até a morte.

Segundo o apóstolo Paulo, os ídolos ou deuses são demônios (1 Cor 10:19-20). Algumas explicações mitológicas da cultura grega e romana exemplificam a ação desses demônios, chamados de deuses, na história da humanidade. Cupido é a tipificação de um demônio, cuja principal ação é disparar setas contra os sentimentos de pessoas a fim de torná-las cativas e prisioneiras da ação de Satanás. Observe:

“No Senhor me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração.” Salmos 11:1-2

Na antiguidade, os caçadores costumavam usar flechas envenenadas, isto é, com veneno nas pontas. Os caçadores, de longe, atiravam suas flechas com cordas contra a presa. Quando os animais eram atingidos, o veneno das pontas perfurava sua pele e entrava em contato com a corrente sanguínea. Logo em seguida, eles começavam a sentir os efeitos do veneno: perdiam os sentidos, ficavam fracos e impossibilitados de correr até ficarem paralisados. Então, o caçador puxava a corda e os trazia para si.

Essa ilustração revela a realidade do mundo espiritual: o cupido, que representa Satanás, e os demônios do erotismo, prostituição e sensualidade lançam suas flechas às ocultas. Aqueles que não estão refugiados no Senhor e no sangue de Jesus são alvejados pelo veneno da paixão. Esse veneno, uma vez na corrente sanguínea, provoca perda de sentidos, euforia e obsessão. Em geral, pessoas sensuais, que possuem a flecha da prostituição, disparam contra outras através de olhares e palavras que são como venenos. A língua delas é como flechas mortíferas. A intenção do cupido é trazer a presa (pessoa) para perto daquele que a atingiu, dominando-a e transformando-a em objeto do seu prazer.


Pare e reflita agora sobre o funcionamento da dinâmica espiritual. É comum as pessoas ficarem aprisionadas umas às outras; geralmente, quem que foi infectado também passa a infectar outras pessoas com as flechas.

Pessoas apaixonadas estão enfeitiçadas e envenenadas; há um efeito de encantamento sobre elas. Elas fazem loucuras e perdem o controle. As sensações e prazeres provocados por esse sentimento são anormais, avassaladores e demoníacos.

Se você quer se desvencilhar de alguma situação que o tornou preso, você quer sair e não consegue, se você sente alguma paixão que gerou um sentimento fora do comum a ponto de você se sentir louco por alguém, ou se você sofre perseguições em sonhos ou até mesmo pensamentos repetitivos sexuais e sentimentais, você precisa ser liberto. É possível que o cupido tenha te flechado.

É importante que você queira sair dessa prisão e vencer esse prazer aprisionador.


Colossenses 3:5 NVI

[5] Portanto, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a cobiça, que é idolatria.

Ore a Deus pedindo para que ele arranque as flechas do cupido da sua alma, da sua memória e dos seus olhos e seja livre. Seja livre no nome de Jesus e que o sangue de Cristo te torne invisivel para os olhos dos flecheiros!

Que você viva a plenitude dos sonhos de Deus na sua vida sentimental e não os encantos do cupido!

Shalom,

Trecho do livro “pão ou pedra?” De Mariana Galvão

Foto de Mariana Galvão

Mariana Galvão

Esposa, mãe, pastora e escritora.

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